Dicas para GMAIL!

Vale conhecer alguns macetes do velho Gmail que podem aumentar bastante a produtividade na rotina de ler e responder mensagens.

Para quem quer conhecer alguns meandros dessa poderosa ferramenta de email do Google, a melhor recomendação é passear pela central oficial de ajuda do Gmail (bit.ly/ajudagmail), que é toda em português. Para os iniciantes, nada melhor que clicar logo no "Guia de Primeiros passos".

Feito isso, o passo seguinte é visitar com calma as configurações do Gmail, onde há várias opções que merecem ser experimentadas. Como os engenheiros da Google não param quietos e estão sempre inventando moda, é uma boa revisitar periodicamente a página de configurações em busca de novidades.

Atalhos - Verdadeira mão na roda são os atalhos de teclado, que aumentam sensivelmente a velocidade do usuário nas tarefas básicas e repetitivas da rotina dos emails. Vale a pena imprimir a lista completa de atalhos (bit.ly/atalhosteclado) e mantê-la uns tempos junto do computador. Com a prática, as teclas entram no nosso automático. E, se bater um esquecimento, teclando um '?' faz surgir um resumo dos atalhos.

Seleção múltipla - Para selecionar conjuntos de mensagens, clique na primeira do bloco e, na última, selecione com Shift-clique.

Labs - O espaço onde os engenheiros googlers fazem seus experimentos é a área chamada Labs (acesse-a via "Configurações"). São pequenos módulos em teste, que o usuário ativa por sua própria conta e risco - se bem que é raro darem pepino sério. São tantas as opções que é melhor acionar e experimentar uma de cada vez.

Alguns "labs" recomendáveis: ajustes de assinatura, autocompletar pesquisa, botão "marcar como lido", estrelas especiais, extra Emoji, importação/exportação de filtros, inserção de imagens, marcadores aninhados, estilo de texto padrão e tradução de mensagens, entre muitos outros.

Um dos mais úteis é o lab "cancelar envio", que nos dá até 20 segundos para nos arrepender de ter clicado no "enviar". É ideal quando acabamos de mandar um email e bate aquele estalo de que ele poderá dar encrenca ou que talvez tenha seguido com erro.

Vale lembrar que, ao acionar uma opção dos Labs, em geral, é preciso voltar às configurações e ajustar os controles da nova ferramenta.

Denunciar spam - Na rotina de trabalho com os emails, vale a pena perder um tempinho para selecionar as mensagens de spam e clicar no botão "Denunciar Spam". Além de enviar essas chatices para um marcador próprio, essa atitude ajuda a Google a fortalecer seu banco de dados que guarda as características de mensagens de spam. Com isso, o processo de limpeza do Gmail vai se aprimorando ainda mais.

Não-lidas - Para exibir só as mensagens que ainda não foram lidas, basta digitar na linha de busca

Salvando conversa inteira - Quando estiver dentro de uma conversa, clique em "Imprimir tudo". Isso vai fazer surgir uma nova tela com todas as mensagens da conversa em uma mesma tela, juntamente com a janela de impressão. Clique no "Cancelar" dessa janela e selecione as partes (ou o todo) da conversa que deseja salvar. Use o recurso de copiar/colar para transferir esse material para um novo arquivo no seu editor favorito.

Nova janela - Um truquezinho besta de bom, mas pouco conhecido, é a possibilidade de abrir uma janela nova contendo o que você estiver fazendo no momento, ao mesmo tempo preservando o ambiente do Gmail.

Por exemplo, se estiver escrevendo uma nova mensagem e se lembrar de que precisa de alguma informação de um outro email já lido, pode clicar no ícone de "nova janela" que aparece perto do canto superior direito da janela (são dois quadradinhos parcialmente sobrepostos). Sua mensagem continua sendo composta, mas por trás aparece a janela da caixa de entrada.

Da mesma forma, se estiver com uma conversa aberta, clicar no mesmo ícone (nesse caso ele traz à direita o texto "Nova janela") tem efeito semelhante, mas sem voltar à caixa de entrada na janela antiga.

Criando documento - A partir de uma mensagem é possível criar um documento que ficará arquivado no Google Docs. Parece pouca coisa, mas é pauleira pura. Isso porque, de dentro do Google Docs, clicando em "Compartilhar", pode-se criar um web link absoluto para o tal documento, com direito a republicação automática a cada salvamento com alterações. E, se achar que o link criado pelo Google é longo demais, Bit.ly nele!

Tarefa/compromisso - Da mesma forma, pode-se, a partir de um email, criar uma nova tarefa que entra direto na lista de afazeres do ecossistema Google, ou mesmo um compromisso de agenda, que não deixa de ser uma tarefa, só que com muito mais perfumarias, tais como lembrete, local, recorrência, recursos, convidados e anexos.

Quer mais? - Se quiser conhecer alguns macetes adicionais da Gmailogia, baixe um powerpoint (6,6 MB) com dicas mais detalhadas em bit.ly/palestragmail

Comunicação total: 8 maneiras eficientes para se comunicar online

A necessidade de comunicação é uma função básica do ser humano. Desde a época dos homens do período pré-histórico, que já deixavam suas ideias e representações nas paredes das cavernas, passando pela utilização dos sistemas simbólicos (como o alfabeto que conhecemos), até as mais modernas teorias e tecnologias da comunicação, a premissa permanece a mesma:  comunicar uma determinada mensagem para outro indivíduo, grupo ou mesmo para o maior número possível de pessoas.

Se o modelo ideal de comunicação ainda permanece o mesmo (um emissor necessita de um meio para enviar uma mensagem a um receptor) o mesmo não se pode dizer das formas de realizar com sucesso esse processo.

A partir dos anos 90, com o crescimento do uso da internet e, cada vez mais, facilidades no acesso à comunicação, otimizar o tempo diante de tantas novidades passou a ser uma “ferramenta” tão importante quanto o conhecimento técnico em determinados programas.

Por isso, preparamos um especial com algumas ferramentas e serviços online indispensáveis para você ganhar tempo, comunicar de maneira eficiente e, de quebra, economizar uma boa grana no final do mês. Certamente, algumas delas você já conhece. Mas será que utiliza todo o seu potencial?

Email: a porta de entrada


De todas as ferramentas existentes na internet, nenhuma é tão popular quanto o email. O serviço, diponibilizado por uma infinidade de provedores e servidores da web, foi a porta de entrada da maioria dos usuários, que viam na grande rede uma maneira de trocar informações de modo rápido e com baixo custo.

Hoje, praticamente todas as grandes empresas de comunicação na web oferecem algum tipo de serviço nesse sentido. Gmail (Google), Live Mail (Microsoft) e Yahoo Mail (Yahoo) são apenas alguns dos serviços que reúnem milhões de usuários em torno de suas ferramentas.

De tão popularizada, a ferramenta se tornou uma verdadeira praga. Pesquisa divulgada em maio deste ano pela McAfee aponta que 86% das mensagens de emails enviadas no mundo são spams (emails não solicitados ou indesejados). Como não se perder em meio à essa quantidade de mensagens?

Campeões de utilização, o Microsoft Outlook e o Mozilla Thunderbird são os dois programas clientes de email mais procurados pelos usuários. O primeiro é pago e vem junto com o pacote dos sistemas operacionais Windows, da Microsoft. O segundo é gratuito e pode ser baixado sem muitos segredos.

Embora os serviços online já disponham de diversas ferramentas para facilitar a sua vida – como integração com calendário, agenda, favoritos na web, entre outros serviços – ter a sua “caixa de emails” no desktop ainda é uma das opções mais seguras, práticas e eficientes para manter a vida online organizada.

O Thunderbird Mail, por exemplo, possui mecanismos próprios para filtrar spams diretamente do seu provedor de email.  Além disso, o programa conta ainda com opções anti-pishing, que alertam quando uma tentativa de golpe for identificada (como, por exemplo, links que o direcionam para destinos diferentes do que indicam).

A integração de ferramentas e serviços, que vem ganhando a cada dia novidades, parece ser o futuro próximo do correio eletrônico. No final de maio o Google anunciou em uma conferência para desenvolvedores o Wave, intitulando seu novo projeto, sem nenhuma modéstia, como o “email do futuro”.

A ideia da empresa é que, ao fazer login em sua conta, você possa não só ler e enviar emails, mas também editar textos, planilhas, compartilhar fotos e se integrar em dezenas de redes sociais existentes. Quem diria há alguns anos que aquelas simples mensagens chegariam tão longe assim?

Windows Live: integração e mensagens instantâneas

Boa parte dessa nova integração anunciada para o futuro já existe. Um dos serviços essenciais que reúne diversas delas é o Windows Live. Conta de email, disco virtual, edição de vídeos, rede social, agenda e álbum de fotos são apenas algumas das opções que a Microsoft disponibiliza, gratuitamente, para os seus usuários.

Mas sua ferramenta mais bem-sucedida por aqui é, sem dúvida, o Windows Live Messenger. O comunicador instantâneo se tornou um serviço indispensável na atualidade, tanto na vida pessoal quanto no mundo corporativo.

Com ele é possível manter, em tempo real, conversas em texto, áudio e vídeo. Se usado corretamente, a ferramenta auxilia na produtividade (já que você não perde tempo escrevendo uma mensagem mais formal e aguardando pela resposta), gera economia (em muitos dos casos você faria uma tradicional ligação telefônica para passar sua mensagem) e poupa seu tempo (com o recurso de vídeo você pode, de certa forma, estar em diversos lugares ao mesmo tempo, sem precisar sair da frente do seu PC).

Mas, como tudo na vida, o Messenger deve ser usado com moderação.  Nada de usar para conversar com seus amigos a torto e a direito no horário do seu trabalho ou deixar de sair de casa só para falar com seu contatos online. Lembre-se: o programa existe para facilitar a sua vida e não para ser uma válvula de escape para uma nova realidade.

Skype: o seu PC virou um telefone

Embora a principal função do Skype seja bastante similar ao funcionamento do Windows Live Messenger, com mensagens instantâneas de texto, áudio e vídeo, o programa foi um dos pioneiros na função e ficou famoso por incomodar a vida de muitas operadoras de telefonia com a possibilidade do usuário fazer ligações, gratuitas, utilizando o sistema VoIP.

Sua interface, mais simples e objetiva para o usuário, ainda faz com que o programa seja o mensageiro predileto de milhares de internautas. Além disso, ao longo dos anos, foram lançadas diversas extensões e plugins que acrescentaram novas funções ao programa, como gravação de chamadas em aúdio, secretária eletrônica e até mesmo aprendizado de idiomas.

Ou seja, se você procura eficiência ao invés de convergência, o Skype é um programa de instalação obrigatória no seu PC.


Google: resposta para (quase) todas as suas perguntas

O todo poderoso Google deu as caras no mundo virtual como o mais eficiente buscador da internet. Numa época em que havia ainda poucas páginas a serem buscadas e o conteúdo na rede era limitado, sua eficiência chamou atenção.

A internet cresceu e, com ela, cresceu o Google. Cresceu tanto a ponto de estar hoje quase que onipresente no dia a dia dos usuários – do mais leigo àquele com conhecimentos mais avançados.

Hoje o velho buscador conta com dezenas de ferramentas integradas e gratuitas que podem ser acessadas a partir da criação de uma conta de email no Gmail, seu programa de correio eletrônico.

Edição de documentos eletrônicos (Google Docs), gerenciador de publicidade (Google AdSense), estatísticas de acesso em sites (Google Analycts), blog (Blogger), rede social (Orkut), mensageiro instantâneo (Google Talk) e navegador (Google Chrome) são apenas algumas das funções oferecidas pela empresa.

Para breve, o Google promete uma integração ainda mais ampla, com o seu projeto Wave. Em outras palavras: hoje, tendo uma conta no Gmail, um usuário comum pode fazer quase tudo que deseja na web, apenas usando serviços da empresa o que, definitivamente, não é pouca coisa.


Twitter: para bons entendedores, 140 caracteres bastam


Responda em 140 caracteres: o que você está fazendo? A pergunta pode ser boba e até mesmo sem sentido, mas por trás dela existe o mais recente fenômeno que invadiu a internet. Trata-se do Twitter, um serviço de micro blogging que permite ao usuário compartilhar com os seus seguidores (followers) notícias, informações e trivialidades.

De quais maneiras o Twitter pode ser útil: várias. Empresas, sites e blogueiros têm usado a ferramenta para divulgar links de suas páginas na web. Além disso, campanhas publicitárias inteiras já foram desenvolvidas, pensando apenas neste tipo de público.

Para quem procura dados estatísticos é outra opção interessante. Além de funcionar como um termômetro do que está rolando na web (e você pode acompanhar isso através da função trending topics), é possível lançar uma pergunta para os usuários. Dependendo da sua popularidade, é só aguardar as respostas.

A instantaneidade da ferramenta é outro ponto positivo. As notícias circulam entre os usuários com tamanha velocidade que é comum você ficar sabendo de alguma coisa antes mesmo de sites, emissoras de rádio e televisão levarem a informação até o seu público.

YouTube: caiu na rede é hype

Um estudo publicado pela Deloitte intitulado “O Futuro da Mídia”, divulgado em março deste ano, apontou que os brasileiros ficam, em média, três vezes mais tempo conectados na internet do que assistindo à televisão. Segundo a pesquisa os entrevistados passam média 32,5 horas navegando e apenas 9,8 horas na frente da TV.

Um dos responsáveis pela migração desse público para o computador é o YouTube, também do Google. No site os usuários podem enviar as suas próprias criações e também assistir a alguns dos milhares de vídeos disponibilizados na rede.

Os vídeos, que antes se tornavam populares apenas após serem exibidos na telinha da TV, passaram a chegar primeiro ao usuário pelas páginas do YouTube (além de outros serviços de hospedagem e exibição de vídeos).

O vídeo da cantora britânica Susan Boyle, por exemplo,  famosa por sua aparição triunfante no programa  de calouros Britain’s Got Talent, em menos de dois meses foi visto por mais de 65 milhões de pessoas.

Mais do que antecipar tendências, o YouTube se tornou a tendência. Em outras palavras: se o seu objetivo é maior visibilidade, fique de olho no site. Quem sabe o seu vídeo não se torna o próximo webhit da rede.

Redes sociais: diga-me com quem andas e te direi quem és

Talvez antes do advento da internet você nunca tenha imaginado o quão longe o seu círculo de amigos e contatos poderia chegar. Sites de relacionamento como Orkut, Facebook, Friendster não só viraram febre pela diversão, como também passaram a ser ferramenta decisiva na hora de mostrar um pouco mais quem você é.

Nas redes sociais é possível encontrar usuários, de qualquer canto do planeta, com gostos e afinidades como as suas. Um programador com uma dúvida em um código em PHP pode facilmente encontrar a resposta, perguntando para um outro usuário, que também tenha conhecimento do assunto, apenas localizando um grupo específico dentro de uma vasta rede.

É justamente no compartilhamento de conhecimentos e experiências que reside o sucesso dessas redes. A possibilidade de se mostrar, de forma cada vez mais personalizada e idealizada para os outros também. Mas não há dúvidas que você pode utilizar isso a seu favor.

Existem comunidades úteis, específicas para quem está procurando emprego, dicas para o casamento ou quer ajudar uma ONG, por exemplo. Até mesmo para quem compartilha a opinião trivial de que “deve ser chato ser uma árvore” existe espaço. Tudo depende do bom uso que você fizer da sua rede de contatos.

Blogs: o seu novo cartão de visita

Mesmo com toda essa vasta gama de ferramentas, pode ser que você ainda não tenha encontrado o espaço ideal para se expressar. Então que tal criar o seu próprio espaço? Assim surgiram os blogs.

Mais do que meros concorrentes dos sites de conteúdo, os blogs vieram facilitar a vida de usuários leigos – ou menos familiarizados com design e programação web – mas que nem por isso tinham menos conteúdo ou informações para mostrar.

Serviços como o Blogger e o Wordpress são as maiores referências nesse quesito. Por meio deles, e com o auxílio das centenas de plugins e extensões lançadas para embelezar, automatizar e facilitar a vida de quem publica conteúdo e de quem interage com ele, a experiência do usuário de estar presente no mundo virtual se tornou realidade e, em algumas áreas, pré-requisito.

Experimente perguntar para um designer ou publicitário se o seu portfolio está online ou não. Pode estar certo de que, quem não está presente no mundo virtual, já sai com um ponto negativo. Resumindo: o que você está esperando para criar o seu blog?

Bem vindo ao mundo virtual.

Como funciona a tecnologia 3D?

Realidade em três dimensões. Certamente você já ouviu falar sobre esse conceito. Os efeitos em terceira dimensão estão se tornando cada vez mais comuns em nosso cotidiano e, para um futuro próximo, parecem estar encaminhando para se tornar a nova febre do mundo do entretenimento.

Mas o que poucos sabem é que, embora esta tecnologia só agora tenha começado a se desenvolver, seus princípios e as primeiras experiências já têm  mais de meio século. Para se ter uma ideia em 1952, nos Estados Unidos, foi exibido o primeiro filme em 3D nos cinemas. Claro, nada como é apresentado nas modernas salas de hoje em dia, mas a experiência de ter a impressão de ver as imagens saindo da tela – ainda que precária – causou furor no público.

Assim, durante toda a década outras experiências foram feitas, mas à época as prioridades eram outras. Era preciso aprimorar o som, o formato de exibição de imagem, reformar as salas de cinema e aprimorar os óculos de papel - com uma lente azul e outra vermelha – que além de ser desconfortáveis causavam dor de cabeça e enjoo em algumas pessoas.

Afinal, como é feito o 3D e por que vemos em três dimensões?

A terceira dimensão não existe,  é apenas uma ilusão da sua mente. Literalmente. E isso é possível graças a um fenômeno natural chamado estereoscopia. Apesar do nome complicado trata-se apenas da projeção de duas imagens, da mesma cena, em pontos de observação ligeiramente diferentes.

Seu cérebro, automaticamente, funde as duas imagens em apenas uma e,  nesse processo, obtém informações quanto à profundidade, distância, posição e tamanho dos objetos, gerando uma ilusão de visão em 3D.

Para que isso seja possível, no entanto, a captação dessas imagens não é feita de uma forma qualquer. Lembre-se que o efeito 3D é composto por duas imagens projetadas em pontos distintos. Logo, na captação, devem ser filmadas duas imagens ao mesmo tempo. Essa correção de enquadramento é feita por softwares específicos, em tempo real, que reduzem as oscilações na imagem, deixando a composição mais realista.

A câmera estereoscópica simula a visão do olho humano. Cada lente é colocada a cerca de seis centímetros uma da outra (já que essa é a distância média entre os olhos de uma pessoa). E nesse processo ainda devem ser controlados zoom, foco, abertura, enquadramento (que deve ser exatamente o mesmo) e o ângulo relativo entre elas. Não é uma tarefa fácil ou que você possa fazer na sua casa. Ou melhor, até é possível, mas é um processo bem trabalhoso.

Um truque utilizado pela indústria é filmar através de uma lente e usar um espelho para projetar uma imagem deslocada em uma segunda lente. A imagem refletida é girada e invertida antes da edição do filme. E, por se tratar de um espelho, é preciso fazer ainda as correções de cores e brilhos necessárias para que não dê a impressão de imagens distintas.

Porque o 3D é a menina dos olhos do entretenimento

Grande parte das tecnologias desenvolvidas para as áreas de entretenimento nasceram de experiências realizadas primeiramente no mundo do cinema. E o cinema, por sua vez, “brinca” de ser laboratório apenas quando se sente ameaçado. Foi assim quando a TV se desenvolveu que o cinema procurou aperfeiçoar a qualidade das projeções.

Quando a TV começou a crescer, com o home vídeo, vieram as novidades em termos de som e imagens digitais. E agora, quando ter um cinema em casa já não é mais novidade e o acesso a qualquer produto de entretenimento ficou mais fácil graças  à internet, os efeitos em 3D surgem como uma salvação para a indústria.

As explicações para isso são simples. Em primeiro lugar o 3D, por enquanto, é a arma mais eficaz para combater a pirataria. Qualquer espectador mal intencionado, com uma câmera na mão, que tentar entrar numa sala de exibição 3D para tentar filmar a tela e jogar na internet vai se dar mal. Sem os óculos especiais as imagens que compõe a projeção 3D não passam de um borrão na tela.

Com o avanço das tecnologias de home theater, é bem possível que muitas pessoas já tenham em casa  salas de cinema melhor estruturadas do que muitos cinemas pequenos, com antigas estruturas. Com isso, muito se perguntam: porque pagar mais caro para ver um filme no cinema se pode ver com uma qualidade quase igual no conforto da minha casa? Nesse quesito o 3D surge com um diferencial. Afinal, por mais que exista qualidade de projeção, ainda não existe nada feito em 3D para ser exibido em home vídeo com a mesma qualidade que você encontra nas telonas.

As salas de cinema IMAX

Em termos de tecnologia 3D não há novidades nas salas de cinema IMAX. O que acontece nelas é a potencialização tanto do áudio quanto do vídeo nas melhores condições possíveis para que sua experiência seja algo realmente tridimensional.

A começar pelo tamanho da tela. Ela mede 12 metros de altura por 22 metros de largura. São 264 metros quadrados apenas de tela. Além disso, o som utilizado nessas salas chega a ter 14 mil watts de potência. Mesmo em condições normais de projeção, sem o 3D, isso já o suficiente para  deixá-lo  bastante impressionado.

A geometria das salas também é personalizada, visando maximizar o campo de visão do espectador. A tela de uma sala IMAX é levemente côncava, o que colabora para a ampliação do campo. Por enquanto no Brasil são apenas duas salas. Uma em São Paulo e, a maior delas, em Curitiba.

Questão de tempo para outra mudança acontecer

Se a indústria cinematográfica é pioneira, por outro lado, não é a única e também está sujeita  a evolução cada vez mais rápida das novas tecnologias. A maior prova disso é que, enquanto o 3D dá os primeiros passos nos cinemas brasileiros (atualmente o país conta com 67 salas de exibição nesse formato) fora da grande tela outras mídias já dão seus primeiros passos em direção a essa nova realidade.

Com as televisões não é diferente. No início do ano, durante a CES (Consumer Electronics Show) 2009, uma das principais feiras do segmento de eletroeletrônicos do mundo, empresas como a Sony, Panasonic, Samsung, LG e Mitsubishi mostraram alguns protótipos de TVs especiais com capacidade 3D.

Ainda não há uma data para o seu lançamento oficial, mas de acordo com a Panasonic a ideia é colocar o produto à  venda já em 2010. O grande diferencial deste produto é que eles dispensam a necessidade dos óculos 3D. Embora ainda com falhas, é uma mostra que há um bom potencial de desenvolvimento nesse quesito.

A Philips também tem alguns aparelhos como esse em teste sendo comercializados para grandes corporações. Estimativas dão conta que o preço desses aparelhos, que utilizam uma tecnologia batizada de WoW vx, gira na faixa de onze mil euros.

Pequenos avanços colocados no mercado nos últimos anos estão tornando essa possibilidade mais real. Um deles é o aumento da frequência das telas de LCD, de 60 Hz para freqüências de 120 Hz e 240 Hz. Isso permite imagens em movimento mais nítidas e com menos borrões durante as transições.

Como isso é possível sem os óculos?

A grande sacada do efeito em 3D sem óculos está nas telas de cristal líquido. Quando combinadas lentes especiais (visores autoestereoscópicos) com a maior frequência de transição de imagens, o resultado é a projeção de uma imagem que é captada pelo olho humano como sendo em terceira dimensão.

Como explicamos, a projeção 3D simula a visão do olho humano e, por isso, tanto na captação quanto na projeção, é preciso duas imagens para simular os olhos esquerdo e direito e compor uma única imagem.  Na televisão 3D são geradas duas imagens simultâneas, que vistas através de uma lente no próprio cristal líquido, fazem com que o cérebro perceba apenas uma única imagem, criando a ilusão da terceira dimensão.

Os custos ainda são proibitivos e há muito a ser desenvolvido. Segundo especialistas, os efeitos por enquanto só são perceptíveis de maneira convincente em telas maiores do que 50 polegadas. Além disso, não basta ter uma TV em terceira dimensão é preciso que haja conteúdo sendo produzido também para esse formato. E aí entra em cena também a necessidade de popularização do Blu-ray, mídia que dá suporte a essa alta resolução necessária.

Terceira dimensão na palma da sua mão

Depois das TVs os próximos a ganhar telas 3D serão os celulares, players e iPods. Mas se anteriormente dissemos que a percepção do 3D só é eficiente em aparelhos de TV superiores as  30 polegadas, como isso será possível nas pequenas telas dos celulares?

Na tecnologia móvel 3D é você quem fará a diferença. Quanto mais próximo você chegar do aparelho, menor será o campo da sua visão (o espaço entre você e o aparelho), mas seu campo de visão (o espaço que você enxerga) permanece o mesmo.

A ideia não é nova, apenas o seu desenvolvimento é que é. A Sharp lançou  em 2003 um modelo 3D no Japão. Equipamentos como esse não fizeram sucesso ainda pelo simples fato que praticamente não há conteúdo disponível nesse formato para os aparelhos. Se você já é usuário do iPhone também pode assistir a vídeos em 3D, mas para isso vai precisar usar óculos especiais.

O mundo sem o GOOGLE!

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